A expectativa para as vendas do comércio gaúcho no Dia dos Pais de 2025 é mais modesta em relação ao ano passado. É o que aponta a Fecomércio-RS. Em 2024, a data foi impulsionada de maneira diferenciada por conta do contexto de reconstrução pós-enchentes e injeção de renda na economia estadual. Foi a primeira de relevância comercial após o tempo mínimo de recuperação.
De acordo com o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, dois fatores diretamente ligados sustentam essa perspectiva positiva, ainda que limitada, neste ano: a criação de 73.861 empregos formais entre janeiro e maio, e a queda na taxa de desocupação de 5,8% para 5,3% entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período deste ano.
Ainda que o panorama seja distinto, o dirigente reforça a importância do preparo dos lojistas, principalmente às vésperas. Afinal, boa parte dos brasileiros costuma efetuar as compras na última hora.
Entre as ações, estão a ornamentação das vitrines, de uma maneira que atraia o potencial consumidor, a mobilização dos clientes via WhatsApp e redes sociais com promoções e opções personalizadas para o público-alvo, assim como a preparação da equipe de vendas, a fim de proporcionar um “atendimento encantador”. Outro fator é o planejamento de estoque, de modo a evitar surpresas no fechamento de negócios.
As perspectivas dos comerciantes da microrregião variam, de acordo com o segmento. Alguns acompanham o ponto de vista da Fecomércio-RS. Outros vão na contramão e projetam até superar os resultados de um ano atrás. Acompanhe mais na seção “Povo Responde”.
Números em alta
Embora o cenário estadual seja de cautela em relação às vendas, a percepção é distinta quando se trata do Brasil afora. Conforme o levantamento conjunto da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 106,3 milhões de pessoas devem comprar presentes para o Dia dos Pais, a quarta data mais importante em termos de faturamento no comércio.
Além disso, deve movimentar R$27,13 bilhões, 3,2% a mais em relação a 2024. No que tange às preferências de presentes, a CNDL aponta que 47% dos consumidores comprarão roupas.
Em segundo lugar, com 35%, perfumes e cosméticos. Calçados representam 27%, enquanto que 18% vão optar por acessórios, como meias, cintos, óculos e relógios. O gasto médio deverá ser de R$215, tanto no comércio online quanto nas lojas físicas.