A cultura, sem dúvidas, é o instrumento mais perpetuante da história de um povo, e, para que este não seja esquecido, torna-se necessário que a cultura continue viva. A arte de uma civilização traduz suas visões de mundo e ideologias, as quais auxiliaram na formação da sociedade em que estamos inseridos atualmente. Essa construção nos permite desenhar um futuro baseado nas nossas evoluções sociais, e esse papel cabe, principalmente, às novas gerações, as quais serão o futuro do nosso planeta.
Sem cultura, não existe história, e sem história não existe memória, então ver a arte com consideração e relevância é um ato de respeito aos nossos antepassados.
Essa visão precisa ser construída com urgência entre os jovens, pois a era das redes sociais, dos grandes fluxos de informação e das rápidas transformações tecnossociais estão contribuindo para a formação de uma geração sem identidade própria, uma grande mistura e unidade de ser – não há mais tradições típicas, nem crenças individuais de um povo – e a cultura, infelizmente, é a primeira a sofrer com isso.
É preciso entender que, quando falamos de legados culturais, estamos falando de um passado que ainda pode permanecer vivo, de histórias que ainda podem emocionar e de tradições antigas, mas atemporais. Esse legado precisa sobreviver a essa nova era, então, a única forma de perpetuá-lo é repassando-o para aqueles que poderão eternizá-lo e louvá-lo – as novas gerações, os mais novos frutos daquelas árvores enraizadas nas terras mais belas e antigas. Isso sim é viver de mãos dadas com a arte da história e a história da arte.
