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ILUSTRE CIDADÃO

“Viver num município que está bem é outra vida”

O quadro Ilustre Cidadão entrevista Osmar Aliatti

Por: Marco Mallmann

30/10/2025 | 09:37
Osmar Aliatti
Osmar Aliatti

Integrante da Comissão Emancipacionista e ex-vereador na primeira legislatura de Boa Vista do Sul, Osmar Aliatti tem 84 anos e reside na comunidade de Tiradentes. Junto da esposa, Noeli Aliatti (in memoriam), tem três filhos: César, Suzana e Adriana, que já lhe renderam seis netos e quatro bisnetos. Foi professor, oleiro (fabricação de telhas), produtor de frango – o carro chefe do setor primário do município –, motorista – profissão na qual se aposentou –, além de fundador da transportadora OC Aliatti, comandada hoje pelo filho. Recebeu, em 2015, por iniciativa do Poder Legislativo e com apoio do Executivo, o título de Cidadão Benemérito.

O que representou a emancipação de Boa Vista do Sul, há 30 anos?

Osmar Aliatti O que mais me chamou atenção foi a possibilidade de dar uma vida diferente para nossa gente. Do jeito que estávamos indo, 27 da Boa Vista era um pequeno distrito, mas que contribuía bastante, principalmente porque naquela época era o maior criador de frango, porém as prefeituras-mãe (Garibaldi e Barão) não ajudavam como as comunidades mereciam. Com a união das localidades, o município ficou grande, bom e possível de administrar, com uma vida diferente. Hoje, graças a Deus, nossa ideia deu certo.

O senhor fez parte do movimento emancipacionista?

Aliatti Sim. O grupo era formado por três representantes da área de Barão: o Tarcísio Roque Müller, o Renê Anibal Rigatti e o Paulo Bagatini; além de nós seis, da área de Garibaldi: o Irani Lassen, o Ivânio Carminatti, o Gilmar Bagatini, o Jadir Valcarenghi, o Mauro Lucian e eu. Fomos nós que começamos o trabalho. Nossa campanha era: “Vamos mudar para melhor”, porque do jeito que estávamos indo, ia de mal a pior. Nós víamos o exemplo de Imigrante, nosso vizinho, que estava se dando bem. A grande chance para nós foi aquele momento, já que era a Assembleia Legislativa que aprovava as emancipações. Não dependia do governo federal. E nós éramos bem aceitos na AL, tínhamos uma boa relação com os deputados.

E como foi o plebiscito?

Aliatti Graças a Deus, dia 22 de outubro de 1995 alcançamos nossa emancipação. A vitória no plebiscito foi folgada, sem problema nenhum. Era o que a turma queria. E a festa foi grande e bonita.

E o trabalho da primeira administração

Aliatti Entrei como vereador, além do Paulo Bagatini e do Ivânio Carminatti, que integravam a Comissão Emancipacionista. O candidato Roberto Schaeffer ganhou a eleição e foi o primeiro prefeito. E se ganhou, é porque merecia. Nós pensamos em ajudar o município e foi o que fizemos. E é o que está acontecendo hoje também. Nossa ideia é ajudar a prefeita (Patrícia Bagatini), que é uma pessoa boa, nova e inteligente, para poder dar continuidade ao nosso município.

Como está o município hoje?

Aliatti Hoje, temos um dos melhores atendimentos na área da saúde. Na questão das estradas, também. Estão sendo feitos os asfaltos e os trechos de estrada de chão batido, aos poucos, estão sendo feitos. A questão do abastecimento de água também está sendo levado a todo o município, isto também é uma questão de saúde.

E como o senhor projeta Boa Vista do Sul para daqui a 30 anos?

Aliatti Em 2032 vai haver uma mudança na arrecadação. Vamos esperar que não aconteça, mas existe a possibilidade de diminuir a entrada de recursos. Hoje, conversando com a prefeita, estamos sugerindo que ela segure um pouco o dinheiro nos cofres do município, pois daí, se vier a crise, estaremos um pouco mais fortes, com mais dinheiro em caixa. Se continuasse assim, sem esta mudança na lei, seria bem melhor. Mas creio que, até lá, vamos conseguir realizar os investimentos que faltam, tanto na saúde, quanto no abastecimento e na infraestrutura. É importante que os boavistenses continuem com a criação de frangos, porcos, com as parreiras e com a indústria de laticínios. Que todos procurem ajudar a prefeitura para serem ajudados depois. Viver num município que está bem, é outra vida.

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