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SABEDORIA E FÉ

Jesus vem com cada uma!

Opinião de Luis Henrique Sievers, pastor sinodal do Sínodo Vale do Taquari da IECLB

Por: Luis Henrique Sievers

06/11/2025 | 14:12

Seguir a Jesus não é coisa fácil. Entre os seus ensinamentos, encontramos pérolas como essa: “Amem os seus inimigos, façam o bem aos que odeiam vocês. Abençoem aqueles que os amaldiçoam, orem pelos que maltratam vocês.” (Lucas 6.27 e 28).

A mensagem é desafiadora. Jesus nos convida a irmos muito além do normal que conhecemos. É como “remar contra a maré”. Isso é possível? Está ao alcance do ser humano amar e querer o bem do inimigo e da inimiga? Sem dúvida, exige muito compromisso e esforço. Trata-se de algo fora do comum.

Amar quem ama a gente e querer o bem de quem quer o bem da gente é coisa fácil. Jesus diz que até os pecadores fazem isso (Lucas 6.32). Além disso, faz parte do amor comum a reciprocidade, ser correspondido. Quem ama espera receber outro tanto em troca, um toma lá dá cá, uma espécie de retribuição do bem. No entanto, isso ainda não nos faz de nós “filhos e filhas do Altíssimo”, afirma Jesus.

Jesus conhecia a “regra de ouro”: “Faça aos outros o que você quer que façam a você”. A sua forma negativa é: “Não faça aos outros o que você não quer que façam a você”. Isso ajuda na boa convivência. Esse princípio de ação pode conter as pessoas de praticar o mal, inclusive a vingança. Mas o que fazer quando o mal está feito? Afinal, o ser humano costuma “sair dos trilhos” e perder a cabeça. O bem que as pessoas querem nem sempre conseguem realizar (Romanos 7.19). Nesse caso, é “olho por olho e dente por dente”, como diz a lei do talião. Por esse caminho não sobra ninguém vivo. Na opinião de Jesus, é preciso ir além.

Esse passo adiante é difícil, fora do comum. Requer um amor mais profundo e uma bondade que não espera nada em troca. Isso só pode vir do alto: “O Altíssimo é bondoso até para os ingratos e maus” (Lucas 6.35). É de lá que vem o exemplo e a energia para amarmos inimigos e fazermos o bem sem esperar nada em troca. Não está em nós, mas nos é concedido pela presença do seu Espírito Santo. Somos chamados a nos relacionarmos uns com os outros pela misericórdia e não pelo merecimento ou retribuição: “Sejam misericordiosos, como também é misericordioso o Pai de vocês” (Lucas 6.36). Eis a graça que vem de cima e pode estar presente entre nós. Ela transforma o mundo!

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