Mais de 70 profissionais da área da Educação do município de Teutônia já receberam orientações sobre primeiros socorros e manobras de salvamento, em 2025. Os treinamentos, com duração de cerca de 3 horas, foram realizados pelo Corpo de Bombeiros Voluntários de Teutônia e atendem às exigências da Lei nº 13.722 de 2018, conhecida como Lei Lucas.
Até o final do ano, mais de 300 profissionais dos municípios de Teutônia, Westfália, Paverama e Poço das Antas – área abrangida pelo CBVT – devem passar pela capacitação, que ocorre anualmente. Conforme a corporação, outras entidades, como ONGs e grupos de idosos, também os procuram para adquirir conhecimentos aplicáveis em situações de emergência.
Sidinei Borba, que é bombeiro voluntário há mais de 20 anos e atua há 9 anos no SAMU, é quem ministra os treinamentos na região desde a criação da lei. “Busco sempre me aperfeiçoar e ficar atentos às mudanças dos protocolos. Faço isso de forma voluntária, por amor a esta área, que me permite ajudar muitas pessoas com meu trabalho”.
A Escola de Educação Infantil Girassol, que atende a crianças de 0 a 6 anos de idade, foi uma das equipes a receber a capacitação. “Para nós, enquanto escola, este treinamento é muito importante, pois proporciona mais segurança às nossas crianças”, afirma a diretora, Luana Metz.
Durante o treinamento, os profissionais participam de atividades práticas, instruídos pelo socorrista, para aprender a agir em situações de emergência, como desmaios, convulsões ou engasgos.
Luana relembra situações em que os ensinamentos foram fundamentais. “Já presenciamos situações de engasgo, durante a ingestão de alimentos ou de leite, em que foi necessário utilizar a ‘Manobra de Heimlich’”, que aprendemos com o Sidinei durante a capacitação”.
Sobre a Lei Lucas
Criada em 4 de outubro de 2018, a Lei Federal nº 13.722 determina que professores e funcionários de escolas públicas e privadas recebam capacitação para atender a situações de emergência. Os treinamentos devem ocorrer anualmente.
A lei recebe o nome de Lucas em homenagem a Lucas Bigalli, que morreu engasgado enquanto se alimentava. O caso ocorreu em 2017, em Campinas (RS). Nenhum dos professores que o acompanhava tinha habilidades em primeiros socorros para atendê-lo. Até a chegada do socorro médico, o menino já havia tido várias paradas cardiorrespiratórias.