A Boa Vista Fundos, em Teutônia, como linha desmembrada (em idos de 1968) das picadas Boa Vista e Catarina, comemora sua data magna. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Andrade Neves, como instituição de formação e identidade da comunidade de moradores, comemora seus 150 anos de existência.
O educandário, construído no sistema de mutirão colonial pelos colonizadores teutos (de 1º a 16 de abril de 1875), acompanhou a criação, evolução e instrução da linha, colonizada a partir de 1872 por colonos provenientes da Colônia Alemã de São Leopoldo.
A aula inaugural, através do professor leigo Gustav von Scheven, ocorreu em 17 de abril de 1875, num sábado de manhã, com aproximados 20 alunos das famílias recém-chegadas e instaladas nos lotes coloniais.
Seis a oito gerações, de filhos de produtores rurais, assentaram-se nos bancos da modesta escolinha rural. A estimativa de estudantes matriculados é de 2 a 3 mil pessoas, ao longo da sua história. O ensino corrente, de 1875 a 1939, advinha no idioma alemão e, de 1939 a 2025, sobrevém no português.
As denominações, na sucessão do tempo, foram: Gemeide Schule Picada Catarina (II), Escola Particular Linha Catarina, Escola Particular Andrade Neves (a partir de 1939), Escola Municipal de Ensino Incompleto Andrade Neves (1967) e Escola Municipal de Ensino Fundamental Andrade Neves.
Os professores/diretores/titulares atuantes, na unidocência (das 1ª a 5ª séries), foram Gustav von Scheven, Guilherme Sommer, Henrique Dreyer, Reinoldo Antoni, Raimundo Brackmann, Edgar Wiebusch, Rejane da Silva, Renate Mörschbächer, Maribel Bayer Althaus e Francieli Janaina Merlo.
A escola, na atualidade, conta com 18 alunos (do 1º ao 5º ano); com cinco educadoras (Francieli Janaína Merlo/diretora, Renata Schäefer/educação física, Raquel Ferreira Scorsatto/informática, Alissa Maria Bracht/música e Luciana Köhler Louzado/supervisão escolar). A manutenção é realizada pela prefeitura de Teutônia. A escola atende também alunos das localidades circunvizinhas, como Linha Catarina Alta e Boa Vista.
No dia 10 de maio, o educandário promoverá um café colonial, que assinala a peculiar data de aniversário e se mostra uma singular confraternização, com aspecto de encontro e reencontro de ex-alunos e ex-moradores das imediações.
As pessoas com vínculos na comunidade estão convidadas para o nobre evento.
