Hoje referência na fabricação de estruturas de concreto no interior do RS, a Certel Artefatos de Cimento carrega uma história que começou em 1987, como uma pequena fábrica de postes criada para atender a demanda interna da cooperativa. De lá para cá, o negócio se fortaleceu, ganhou protagonismo, diversificou seu portfólio e agora acelera um novo ciclo de expansão, motivado pelo crescimento da demanda.
O ponto de virada ocorreu por volta de 2010, quando a empresa passou a fornecer postes de concreto de distribuição de energia para a RGE. A partir desse movimento, a produção deixou de ser restrita às necessidades internas e passou a atender também o mercado externo. Foi então que a atual estrutura da fábrica, no Distrito Industrial de Teutônia, foi projetada e colocada em operação.
Ao longo da última década, a Certel Artefatos incorporou novas linhas de produção, passando a fabricar blocos, pavimentos e artefatos de cimento. Destaque para o segmento de “linha de transmissão”, iniciado em 2014, em que são fabricadas estruturas pré-moldadas para subestações e postes mais altos, de até 40 metros de comprimento.
Mais recentemente, em 2021, passou a produzir também estruturas pré-moldadas para pavilhões, atendendo os mercados rural, industrial e comercial. Este ramo de produção tem ganhado cada vez mais espaço e vem se consolidando como uma das apostas de futuro do empreendimento.

Com 70 funcionários, a indústria mantém média mensal de 2,2 mil toneladas de produtos de concreto. Foto: Divulgação
Expansão e revisão do layout fabril
Atualmente, a Certel Artefatos de Cimento opera com quatro frentes principais de produção: postes para linhas de distribuição (de até 14 metros); artefatos (blocos e pavimentos); linhas de transmissão (postes de até 40 metros e estruturas para subestações); e pré-moldados para pavilhões.
Com 70 funcionários, a indústria mantém uma média mensal de 2,2 mil toneladas de produtos de cimento, ou cerca de 900 metros cúbicos. A logística de distribuição atende diferentes perfis de mercado. Enquanto os postes seguem para diversas áreas do RS, com destino a cooperativas de energia e concessionárias, os artefatos possuem uma distribuição mais regionalizada.
O crescimento constante trouxe consigo a necessidade de aprimorar processos. Por isso, a empresa prepara uma revisão completa no layout fabril. Como a empresa foi incorporando outras linhas produtivas ao longo do tempo, chegou o momento de reorganizar o parque para proporcionar mais dinamismo, eficiência e produtividade.
“Estamos trabalhando na revisão do layout, prevendo novos projetos internos, para ampliar estruturar e adequar a fábrica para poder produzir mais e melhor”, explica o gerente da Certel Artefatos de Cimento, Luis Carlos Brentano. Uma das mudanças previstas é a centralização do setor de ferragem, que fornece as armaduras necessárias às formas para a concretagem das peças, de três dos quatro segmentos de produção.
Qualidade, credibilidade e inovação
Qualidade e credibilidade estão entre os pilares centrais. Brentano destaca que o empreendimento exerce um um controle rigoroso para que toda a produção fique dentro das normativas legais, seja na parte administrativa ou na área da engenharia, de forma a garantir desempenho, segurança, resistência e durabilidade, conforme as exigências do mercado. “Entregamos um produto sempre bem acabado”, afirma.
O gerente enfatiza ainda o trabalho feito pelo laboratório próprio da empresa, que faz a análise de todos os materiais envolvidos na produção, tanto os agregados (areia, brita, cimento), como do produto final (concreto). “Tudo é testado e validado antes de ir ao cliente”, resume.
Em fevereiro de 2024, a Certel Artefatos lançou um produto inovador: o tijolo estrutural de concreto leve com EPS. O item, que está em processo de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), oferece diferenciais como leveza, resistência e isolamento acústico, além de facilitar o manuseio na obra. Sua composição é de cimento, areia natural, pó de brita, aditivo plastificante e água. O diferencial está no poliestireno expandido (EPS), o isopor, que representa 28% da composição.
A agilidade da fábrica também se evidenciou durante a enchente de maio de 2024. Na ocasião, a produção foi priorizada para atender a demanda urgente por postes, viabilizando a substituição de mais de 1,1 mil unidades nas regiões afetadas em curto período.
Soluções Pré-moldadas
O bom momento do setor imobiliário, que sofreu uma breve retração durante a enchente, voltou a acelerar com força no fim de 2024 e mantém um ritmo aquecido em 2025.
Isso impulsiona as perspectivas da empresa, especialmente no segmento de pré-moldados, que oferece vantagens como rapidez na execução das obras e menor dependência de mão de obra – cada vez mais escassa no setor da construção.
“A linha de pré-moldados é o futuro. Todas as construções tendem a ser mais rápidas, e uma forma de fazer isso é utilizar as estruturas e produtos pré-moldados, industrializados, para se ter mais ganho e tornar o trabalho mais ágil no canteiro de obras”, destaca Brentano.
A FÁBRICA EM NÚMEROS
• 70 funcionários
• média mensal de 2.200 toneladas de produtos de concreto
• ou cerca de 900 metros cúbicos de concreto.