A Languiru ingressou na Justiça nessa segunda-feira, 9, com uma ação judicial que busca viabilizar o leilão da planta frigorífica de suínos, localizada em Poço das Antas. O objetivo é acelerar a venda da unidade, paralisada desde 2023. A expectativa é de que o processo judicial garanta maior segurança jurídica e agilidade à operação.
Os recursos oriundos do leilão deverão ser destinados à quitação de dívidas com credores que possuem garantias reais sobre o imóvel, além de fortalecer as rodadas trimestrais do Plano de Pagamento de Credores, voltado a quem já aderiu ao acordo.
A decisão de buscar o leilão ocorre após a frustração de uma negociação que chegou a ser anunciada em plenário pelo secretário de Administração de Poço das Antas, Romeu Forneck. No dia 14 de abril, ele informou na tribuna da Câmara de Vereadores que a cooperativa havia articulado uma transação envolvendo o repasse da planta para o Sicoob – um dos credores da Languiru –, que, por sua vez, repassaria a unidade à multinacional JBS.
Na ocasião, o secretário afirmou que o município estudava isentar o pagamento de ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) em uma das operações, após pedido da cooperativa. Segundo Forneck, o próprio arcabouço legal do município já permitiria tal benefício por meio da legislação de incentivo fiscal vigente. No entanto, a tratativa não avançou.
Sem comentar diretamente a fala do gestor municipal, a Languiru confirmou que não houve desfecho favorável na tentativa de venda anunciada e reiterou que negociações desse porte envolvem múltiplos fatores que, muitas vezes, inviabilizam o andamento até o fechamento do negócio.
Suspeita não confirmada
Já em Westfália, a planta de abate de aves teve as operações temporariamente interrompidas após a suspeita de um caso de gripe aviária na semana pssada. A paralisação durou cerca de três horas, até que fossem cumpridos todos os protocolos sanitários exigidos. O lote em questão foi abatido ao final do turno, sendo o produto isolado até a divulgação do laudo definitivo.
O resultado dos exames, divulgado no dia 6 de junho, foi negativo para Influenza Aviária, e o produto pôde ser liberado para comercialização. Com isso, o abate regular na unidade foi retomado, sem maiores impactos à operação.
