O presbitério de Montenegro realizou seu retiro anual de 12 a 16 de maio, sob a orientação do arcebispo de Olinda e Recife, de Dom Paulo Jackson.
O retiro é um tempo de refrescar a memória. Nele, nos reunimos num mesmo lugar e nos enxergamos como padres que se congregam como discípulos de Jesus Cristo.
Um dia, cada presbítero, num determinado lugar, foi chamado pelo Senhor. E num percurso longo e, muitas vezes, trabalhoso, foi sendo lapidado para que um dia pudesse dar o seu sim.
Tudo para que, dessa forma, fosse apresentado e enviado em missão, como presbítero, configurado sacramentalmente ao Senhor.
O tempo passa, os anos correm e experimentamos alegrias, tristezas, vitórias e fracassos. No coração, podem se acumular medos, angústias e desânimos. Por isso, a tradição da Igreja nos presenteia com a sabedoria de um retiro.
Um tempo de parada diante daquele que um dia nos chamou e sempre caminhou ao nosso lado. Mas, muitas vezes, pelo desgaste cotidiano, ficamos desconfigurados e até vamos perdendo a memória de tão grande graça que cada um carrega e de sua vocação e missão.
Por isso, o retiro é uma pausa no tempo cronológico. Assim, podemos experimentar o tempo de Deus, tempo medido pelo olhar do Pai sobre cada um de nós.
Depois do retiro, permanece a memória reavivada. Não vamos viver em permanente retiro, mas levamos convosco o sabor da experiência, que pode modelar o nosso cotidiano e dar sentido a cada ação pastoral, na urgência do dia a dia, onde somos chamados a dar testemunho do Senhor Ressuscitado.
Guardemos, como um tesouro, aquilo que o Senhor nos revelou quando nós lhe permitimos intervir no tempo, em nossa caminhada. Assim, fortalecidos na esperança por esta nossa experiência, seguimos junto de nossas comunidades como verdadeiros peregrinos de esperança.