“Por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como sacrifício vivo e dedicado a seu serviço e agradável a ele”. Rm 12.1 (sugestão de leitura de Romanos 12.1-21)
“A melhor forma de dizer é fazer. Não adianta falar muito; o que importa é fazer”, José Martí, escritor e poeta cubano, chama nossa atenção, e reafirma a reflexão de Heinz Ehlert, “a fé em Cristo dá um sentido que se cumpre quando se segue a ele, praticando o amor ao próximo”. A fé tem como resposta natural as ações de graças, e essas, por sua vez, encontram sua fundamentação na fé. Nesse sentido, a comunidade cristã não faz assistência social, mas vive uma missão especial (P. Alfredo J. Hagsma).
A ação das comunidades, vista a partir da perspectiva da assistência social, é muitas vezes um fardo para a comunidade cristã e, por conseguinte, não se consegue servir com o coração cheio de entusiasmo, conforme recomenda o apóstolo Paulo (Romanis 12.11). Quando a ação é uma exigência, não há alegria no servir; muito antes representa um peso.
Mas como consequência da fé, o servir será sempre cheio de entusiasmo, de alegria e esperança. “Vivam alegres, com esperança que vocês têm, tenham paciência nas dificuldades e nunca deixem de orar” (v. 12). Essa é a recomendação mais adequada para um servir com sentido.
A natureza da pessoa cristã é servir, cuidar, proteger, essa é a nossa missão. E isso não por interesse, por mérito ou por obrigação, mas como disse o apóstolo Paulo: “Por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como sacrifício vivo e dedicado a seu serviço e agradável a ele” (Rm 12.1). Essa natureza da pessoa cristã não é uma escolha, uma opção; é uma reação àquilo que Deus já fez. Quando a pessoa é tomada pela graça de Deus, ela não consegue mais agir de outra forma. O velho ser humano já não existe mais. Por isso, o apóstolo Paulo também disse: “Porém Deus, na sua graça, me escolheu antes mesmo de eu nascer e me chamou para servi-lo” (Gl 1.15), eis a boa nova. Amém.