Da articulação entre líderes para garantir um bem básico à sociedade até a consolidação de uma das principais instituições de Teutônia. A Associação Pró-Desenvolvimento de Languiru (APDL) completou 45 anos neste mês e celebra o protagonismo de uma entidade que traduz na essência a força do associativismo para solucionar demandas coletivas.
As origens da APDL remontam a 1980, num período de incertezas quanto ao abastecimento de água para uma população em franco
crescimento. A sua criação foi deliberada após o encerramento das atividades da antiga Cooperativa de Água e Luz, responsável até então por distribuir água potável e energia elétrica para os moradores de Boa Vista e Languiru.
Enquanto a energia elétrica foi assumida pela Cooperativa Certel, o fornecimento de água ficou desassistido. À época, Languiru ainda era distrito de Estrela, e o município não tinha condições de atender a demanda. Diante disso, voluntários se uniram para fundar a nova associação, registrada em ata no dia 21 de agosto de 1980.
O abastecimento seria feito a partir de poços artesianos – muitos deles em operação até hoje. Um ano depois, houve a emancipação de Teutônia, o que acelerou o ritmo do desenvolvimento local. A APDL acompanhou e deu suporte para este progresso, ainda que as condições iniciais não fossem as ideais. Conforme os relatos, a primeira sede da associação funcionou na residência do seu primeiro
presidente, Milton Schneider (in memorian). Mais tarde, a administração passou para um prédio alugado, nas imediações da agência do Banco do Brasil.
Patrimônio comunitário
Conforme o presidente da Associação, Rudimar Landmeier, um ponto marcante desta trajetória foi em 1991, quando a entidade assumiu, a convite do então prefeito Elton Klepker, o desafio de construir um centro comunitário. O terreno havia sido inicialmente destinado para a construção de um centro social por parte da comunidade luterana. Contudo, as lideranças evangélicas da época se viram impossibilitadas de executar o projeto.
Nesse contexto, a APDL foi chamada a liderar o empreendimento. A obra foi custeada diretamente pelos associados, por meio da cobrança de 35% na tarifa de água durante 22 anos. Mesmo com a taxa adicional, os valores ainda se mantinham abaixo dos pra-
ticados por outras distribui- doras. O resultado foi a con- solidação de um dos maiores patrimônios comunitários de Teutônia: o Complexo Social e Esportivo.
Em 2010, uma mudança considerada um “divisor de águas” foi a transferência do setor administrativo para o Complexo Social e Esportivo, centralizando as operações e dando mais eficiência à gestão. Hoje, o espaço cumpre um importante papel em nível regional, sediando eventos sociais, competições esportivas, espetáculos culturais e programações diversas.
Mais de 450 crianças participam regularmente de atividades esportivas no complexo, além de idosos e famílias que utilizam as estruturas de lazer. Recentemente, se viram impossibilitadas de executar o projeto.
Nesse contexto, a APDL foi chamada a liderar o empreendimento. A obra foi custeada diretamente pelos associados, por meio da cobrança de 35% na tarifa de água durante 22 anos. Mesmo com a taxa adicional, os valores ainda smantinham abaixo dos pra-
ticados por outras distribuidoras. O resultado foi a consolidação de um dos maiores patrimônios comunitários de Teutônia: o Complexo Social e Esportivo.
Em 2010, uma mudança considerada um “divisor de águas” foi a transferência do setor administrativo para o Complexo Social e Esportivo, centralizando as operações e dando mais eficiência à gestão. Hoje, o espaço cumpre um importante papel em nível regional, sediando eventos sociais, competições esportivas, espetáculos culturais e programações diversas.
Mais de 450 crianças participam regularmente de atividades esportivas no complexo, além de idosos e famílias que utilizam as estruturas de lazer. Recentemente, a APAE de Teutônia também passou a usufruir do espaço sem custos, reforçando a função comunitária da associação.
Saneamento
Ao longo das quatro décadas e meia, a associação cresceu de forma significativa. Atualmente, a APDL abastece cerca de 40% da população de Teutônia, atendendo os bairros Boa Vista, Centro Administrativo, Alesgut, Languiru e parte do Bairro Teutônia. A rede conta com cerca de 160 quilômetros de tubulações, 10 reservatórios que juntos somam capacidade de 1.867 m³ e 11 poços ativos em diferentes localidades.
A partir de 2012, a APDL voltou seu olhar para outra frente de extrema importância em termos de saneamento básico: o tratamento de esgoto. Conforme Landmeier, após discussões internas, a entidade decidiu assumir essa responsabilidade em sua área de abrangência. O entendimento é que não há progresso ou desenvolvimento real se o esgoto produzido pela sociedade é despejado diretamente nos mananciais.
Após fechar questão sobre a relevância desta temática, realizar estudos e planejar investimentos, a APDL avança desde 2019 na implantação de um sistema próprio de tratamento. O projeto prevê 90% da estrutura completa até 2033 e deve gerar economia de R$ 6,5 milhões por ano em comparação a modelos terceirizados de tratamento.
Propósito e legado
Conforme o presidente Rudimar Landmeier, a trajetória da entidade é resultado direto do empenho coletivo. “Estamos parabenizando os abnegados funcionários que diariamente têm feito um trabalho de muita dedicação para que cada consumidor associado tenha água na sua casa ou empresa.
Também agradecemos a cada diretoria e conselho fiscal que passou pela APDL nesses 45 anos, deixando um pouco de si a serviço da entidade. É graças a esse esforço que chegamos fortes até aqui, respeitando e levando adiante o legado que foi deixado”, destaca.