O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na última semana, os dados preliminares do Censo 2022 sobre religião. Em uma década, a proporção de brasileiros que se declaram católicos caiu de 65,1% para 56,7%, a menor desde 1872. Já a população evangélica atingiu o maior índice da história, com 26,9%. O crescimento chegou a cinco pontos percentuais na comparação com a pesquisa realizada em 2010.
Extremos na microrregião
Do ponto de vista local, o catolicismo predomina. A exceção é Westfália. Quase 70% dos residentes se declaram evangélicos. O índice coloca o município na 6ª posição nacional. A liderança é gaúcha. Situada no Sul do Estado, Arroio do Padre possui 88,7% dos moradores identificados com essa religião.
No extremo oposto, aparece Boa Vista do Sul. Mais de 94% dos munícipes se dizem católicos Já os evangélicos representam cerca de 4,5%. O Censo indica também a inexistência de praticantes de religiões indígenas e matriz africana como Umbanda e Candomblé nas cidades.
Em Teutônia, há certo equilíbrio. 50,92% da população é católica, ante 42,92% de evangélicos. Outra curiosidade diz respeito aos cidadãos que se dizem “sem religião”. Embora represente apenas 2,22% dos moradores, trata-se da maior porcentagem na microrregião.
Falta de detalhamento
Ao contrário de levantamentos anteriores, o IBGE não divulga subdivisões dentro de cada grupo religioso. Entre os evangélicos, era possível saber, por exemplo, a quantidade de luteranos, batistas, metodistas e fiéis das demais vertentes. Em relação ao tema, o instituto afirma enfrentar dificuldades para desagregar os grupos devido à insuficiência de informações.