18 de outubro de 2025
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SAÚDE

Estado registra queda de 8,9% nas mortes por Câncer de Mama em 2024

Houve 1.399 óbitos no ano passado, menor número desde 2021. Ainda assim, Rio Grande do Sul mantém a terceira maior incidência da doença no país

18/10/2025 | 10:37 Atualização: 18/10/2025 | 11:52
Foto: Pexels/Divulgação
Foto: Pexels/Divulgação

O Rio Grande do Sul registrou redução de 8,9% nas mortes por câncer de mama em 2024, segundo o Boletim Epidemiológico da Situação do Câncer de Mama no Estado, divulgado nessa sexta-feira, 17, pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Foram 1.399 óbitos no ano passado, contra 1.536 em 2023.

Apesar da queda, o Estado teve a terceira maior incidência da doença no país, com 4.842 novos casos — atrás apenas de São Paulo (14.327) e Minas Gerais (6.575). O número supera em 30% a média de 3.720 casos estimada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o triênio 2023–2025.

A taxa de mortalidade ficou em 24,2 por 100 mil mulheres, abaixo da projeção de 25,4 e dos índices registrados em 2022 (24,8) e 2023 (26,5). A redução foi observada em todos os grupos raciais, com destaque para a população branca, cuja taxa caiu de 30,83 para 27,86 óbitos por 100 mil mulheres.

A taxa de incidência foi de 83,79 novos casos para cada 100 mil mulheres, ligeiramente inferior à de 2023 (89,53). Quase metade dos diagnósticos (49,2%) ocorreu entre mulheres de 50 a 69 anos, faixa etária prioritária para exames de rastreamento. Porto Alegre concentra o maior número de casos, com 82 por 100 mil mulheres. Já Guabiju, na Serra, registrou a maior taxa proporcional, de 571,43 por 100 mil. Vista Alegre do Prata (257,07), São Domingos do Sul (214,9) e Chapada (201,33) tiveram as maiores taxas de mortalidade.

De acordo com o boletim, o diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento são fatores decisivos para reduzir o número de mortes. No Estado, a cobertura de mamografia é de 26%, abaixo da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas levemente superior à média nacional (24%). As regiões das Araucárias (46%) e do Alto Uruguai (39%) apresentaram as maiores coberturas, enquanto o Pampa (13%) e a região Carbonífera (15%) registraram as menores.

Entre as iniciativas de enfrentamento, a SES destaca o programa SER Mulher RS, que oferece atendimento especializado e integral em saúde da mulher, abrangendo desde a prevenção até o tratamento de câncer de mama e de colo do útero.

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