O Ministério da Saúde anunciou, neste sábado, 4, que o Rio Grande do Sul registrou os dois primeiros casos suspeitos de intoxicação por Metanol. As ocorrências investigadas são de Porto Alegre e Santa Maria. A atualização ocorre em um momento de escalada das notificações em todo o Brasil. Até a publicação deste texto, eram 181 confirmados e 14 mortes. Deste total, 162 apenas no estado de São Paulo.
Ainda na sexta-feira, 3, o Piratini formou um comitê intersecretarial para acompanhar as possíveis ocorrências de bebidas alcoólicas contaminadas com metanol. A determinação partiu do governador Eduardo Leite e e envolve as pastas da Saúde, Segurança Pública e Agricultura.
Também fazem parte do grupo órgãos como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), a Polícia Civil, a Brigada Militar e o Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Riscos do Metanol
De uso industrial e presente em solventes e outros produtos químicas, o Metanol é altamente tóxico quando ingerido, uma vez que, ao chegar no fígado, é transformado em compostos que afetam gravemente o sistema nervoso central. Desta forma, pode causar cegueira, coma, falência pulmonar e renal, além do risco de morte.
Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese). Em caso de identificação dos sintomas, buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar o Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001 ; ou os telefones 0800-721-3000 e (51) 2139-9200, ambos do Centro de Informação Toxicológica (CIT) do Rio Grande do Sul.