A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) realizou reunião, na tarde desta sexta-feira (14), com o secretário estadual da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi. A pauta central foi a proposta do Piratini de concessão das rodovias do bloco 2. A agenda ocorreu em Porto Alegre, na sede da entidade.
Entre os temas debatidos, estiveram o preço da tarifa de pedágio, critérios para o leilão, volume de obras e necessidades de adequações no projeto. O governo estadual segue com a perspectiva de manter a consulta pública acerca do plano de concessão até 24 de março, para depois avançar às próximas etapas. No entendimento da entidade que representa a classe produtiva gaúcha, a concessão é necessária, porém há alterações importantes a serem feitas, especialmente quanto ao preço da tarifa.
O vice-presidente regional da Federasul no Vale do Taquari, Ivandro Rosa, participou do encontro e avaliou a reunião como “muito produtiva”. Disse que o secretário estadual sinalizou que está de acordo com a mudança do critério de julgamento para o menor valor de proposta, e não mais o menor aporte do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), conforme projetado inicialmente.
Conforme Rosa, Capeluppi também se mostrou de acordo em discutir alterações no volume de obras e adequações, com vistas a reduzir o valor da tarifa. A entidade defende que a tarifa por quilômetro rodado fiquem em R$ 0,14, abaixo dos R$ 0,23 da proposta original.
Próximos passos
Nesta semana, técnicos do governo do estado e do BNDES, responsáveis pela elaboração do projeto de concessão, participaram de reuniões com líderes empresariais e prefeitos das microrregiões onde perpassam as estradas do bloco 2. Houve atividades em Encantado, Teutônia e Lajeado. Com as demandas recebidas nesses encontros, uma nova rodada de discussão deverá ser feita pelo Piratini.
Conforme Ivandro Rosa, a Federasul seguirá discutindo o tema e, na próxima etapa, se reunirá com deputados estaduais. “Defendemos uma proposta de concessão mais justa, que viabilize as obras, mas que mantenha tarifas menores em relação ao que está posto atualmente no projeto”, afirma.