O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, nesta sexta-feira, 16, um foco de influenza aviária em um granja comercial em Montenegro, no Vale do Caí. Trata-se de um diagnóstico de Alta Patogenicidade, ou seja, que produz sintomas em todos os infectados.
As amostras foram coletadas pelo Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e enviadas ao Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário, em Campinas (SP).
Com a confirmação do foco, o Serviço Veterinário Oficial do RS (SVO-RS) desencadeou as ações previstas no Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, com isolamento da área em Montenegro e eliminação das aves restantes, para que seja iniciado o protocolo de saneamento da granja.
Será conduzida investigação complementar em raio inicial de 10 km da área de ocorrência do foco, e de possíveis vínculos com outras propriedades. A mortalidade de aves no Zoológico de Sapucaia do Sul, que está fechado para visitação, também foi atendida e a Seapi aguarda o resultado do sequenciamento.
O SVO-RS reforça que o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro, já que a doença não é transmitida por meio do consumo. A população pode se manter segura, não havendo qualquer restrição ao seu consumo.
Exportações suspensas
Por questões contratuais, a exportação de aves para a China é suspensa quando há ocorrências desse tipo. A suspensão deve durar pelo menos 60 dias. O país asiático é o principal destino das exportações do frango brasileiro. O Ministério da Agricultura confirmou na manhã dessa sexta-feira que a União Europeia também adotou a medida, por tempo indeterminado.
Outros países, como o Reino Unido, Argentina, Japão, Emirados Árabes e Arábia Saudita, irão restringir a compra de carne de frango brasileiro apenas do Rio Grande do Sul.
Sobre a influenza aviária
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas.
Entre os principais sintomas apresentados nas aves estão dificuldade respiratória; secreção nasal ou ocular; espirros; incoordenação motora; torcicolo; diarreia; e alta mortalidade.
Mapa esclarece que não há risco de transmissão pelo consumo de carnes ou ovos. A infecção em seres humanos é considerada baixa e, na maioria dos casos, ocorre entre profissionais com intenso com as aves.
Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.