Lideranças do Sínodo Vale do Taquari concluíram, no dia 25 de outubro, a formação em Apoio Psicossocial de Base Comunitária para Atuação em Emergências, promovida em parceria com a Fundação Luterana de Diaconia (FLD). O curso teve como objetivo preparar participantes para atuar em situações de crise, especialmente em desastres climáticos como os registrados recentemente no Estado.
A capacitação reuniu representantes de comunidades da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) da região e colaboradoras da Associação Beneficente Pella Bethânia, de Taquari. Ao longo de quatro encontros, realizados na sede sinodal em Teutônia, os participantes estudaram o contexto territorial, as dimensões do bem-estar psicossocial e a atuação de órgãos como a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.
O primeiro encontro, em 17 de maio, teve como tema “Contexto territorial e eventos climáticos”, com assessoria do ecologista e servidor da FEPAM, Arno Kaiser, que explicou fatores ambientais e geográficos que contribuíram para as enchentes de 2024. Já o segundo, em 23 de agosto, contou com representantes do Corpo de Bombeiros Militares de Estrela, Defesa Civil de Lajeado e 8ª Coordenadoria Regional de Defesa Civil, que destacaram a importância das comunidades religiosas na gestão de desastres. A psicóloga Tereza Cristina Bruel conduziu uma vivência sobre primeiros socorros psicológicos e acolhimento de vítimas.
Na terceira etapa, em 27 de setembro, a pastora Cibele Kuss, secretária executiva da FLD e organizadora do curso, abordou as dimensões do bem-estar psicossocial e as necessidades humanas básicas. O último encontro, em 25 de outubro, tratou da abordagem psicossocial e da coordenação em situações de emergência, com análise da estrutura da sede sinodal e práticas de planejamento.
Segundo o pastor sinodal Luis Henrique Sievers, o grupo continuará atuando de forma organizada. “Queremos que o conhecimento chegue às comunidades, para que estejam preparadas e possam colaborar de forma efetiva em situações de emergência”, afirmou.
A pastora Cibele Kuss destacou que o apoio psicossocial amplia a visão da ajuda humanitária. “Quando o bem-estar mental e social é fortalecido, a comunidade se reestrutura mais rapidamente e de forma mais consistente”, concluiu.