7 de julho de 2025
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Mobilização

Movimento “RS Pedágios Não” realiza ato na Câmara de Teutônia

Carta de repúdio será encaminhada ao governo do RS, solicitando, entre outras ações, o cancelamento dos editais de concessão para os Blocos 1 e 2

05/05/2025 | 22:42 Atualização: 05/05/2025 | 22:47
Evento ocorreu na noite desta segunda-feira, 5, na Câmara de Vereadores de Teutônia | Foto: Marco Mallmann
Evento ocorreu na noite desta segunda-feira, 5, na Câmara de Vereadores de Teutônia | Foto: Marco Mallmann

Cerca de 50 pessoas participaram de um ato, na noite dessa segunda-feira, 5, na Câmara de Vereadores de Teutônia, organizado pelo movimento “RS Pedágios Não”. Os líderes, a professora Márcia Rohr da Cruz, de Caxias do Sul, e o empresário Loivo Dacheri, de Vespasiano Corrêa, ao lado da vereadora Neide Jaqueline Schwarz (PSDB), proponente do encontro, apresentaram dados e números contrários ao projeto de concessão de rodovias, projetado pelo governo gaúcho.

Participaram os deputados estaduais Rodrigo Lorenzoni (PL), Cláudio Branchieri (Podemos) e Sofia Cavedon (PT), além de assessores de diversos deputados estaduais e federais, outros vereadores de Teutônia, da região e membros da comunidade.

Os parlamentares lamentaram a assinatura do Bloco 3 da concessão, considerando o modelo ruim. Eles conclamaram a população para que organize protestos em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, a fim de sensibilizar o governador Eduardo Leite (PSDB) e evitar que seja concretizada a concessão do Bloco 2, que prevê os pedágios no sistema free flow no Vale do Taquari e no Norte do RS. Para eles, o modelo empobrecerá as regiões e afetará os que ganham salários mais baixos.

A comissão organizadora do movimento está colhendo assinaturas dos deputados estaduais e federais gaúchos para uma carta de repúdio, que será entregue ao governador. O documento solicita: revogação da Lei Federal 14.157/2021 (dos free flows); revogação da Lei Estadual 14.875/2016 (de privatização das estradas); revisão de diversas leis que regulamentam faixas de domínio; elaboração de lei que torne obrigatório que tenho estrada alternativa onde há pedágio no Brasil; revogação do contrato do Bloco 3; rota alternativa onde há free flows no Vale do Caí e Serra; cancelamento dos editais dos Blocos 1 e 2.

O que disseram os deputados

“O novo edital do Bloco 2 ainda não está elaborado, mas o governo nos atropela, porque fez três audiências públicas em dois dias, no mês de janeiro, e considerou que abriu o debate para a população. O governo está fazendo propaganda nas mídias, nós lemos todas as manifestações contrárias e moções de repúdio na Assembleia Legislativa, mas nada do que foi dito até agora fez o governo mudar de intenção.” (Sofia Cavedon – PT)

“Depois que um pedágio está instalado, não há o que fazer. Revogar o Bloco 3, pode sonhar, que é de graça, porque o estado não tem dinheiro para indenizar o contrato. Depois que estiver instalado, por 30 anos vocês vão se arrepender de não ter feito nada. E o fazer é agora.” (Cláudio Branchieri –
Podemos)

“A premissa básica de qualquer projeto de concessão é atender o interesse público. E está absolutamente claro, por tudo o que se fez até agora, a partir da mobilização do grupo, da fala de vereadores, prefeitos, empreendedores e, em especial, da população, de que este processo de concessão do Bloco 2 não atende o interesse público, mas atende algum interesse, e isso deve ser respondido a nós.” (Rodrigo Lorenzoni – PL)

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