18 de abril de 2025
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Emenda da Bancada

Municípios definem divisão de R$ 12,5 milhões para obras na Transcitrus

Valor de emenda parlamentar garantido para obras na rodovia será dividido entre nove municípios. Brochier ficará com a maior parcela: R$ 6,1 milhões

20/01/2025 | 18:26 Atualização: 21/01/2025 | 15:43

Prefeitos e representantes dos nove municípios que integram a rota da Transcitrus se reuniram na tarde dessa sexta-feira, 18, na câmara de vereadores de Brochier. O objetivo foi definir o rateio do recurso garantido pela Bancada Gaúcha no Congresso Nacional no orçamento federal de 2025 para obras na rodovia. 

Após consenso entre os líderes, o total de R$ 12,5 milhões será dividido de forma a favorecer Brochier, com R$ 6,1 milhões, visto que a cidade ainda tem trechos sem pavimento, que somam 3,9 quilômetros. Os demais municípios receberão R$ 800 mil cada. São eles: Maratá, São José do Sul, Harmonia, Salvador do Sul, Pareci Novo, Montenegro, Paverama e Poço das Antas. 

O volume total de recursos havia sido garantido em reunião em Brasília, no início de dezembro, quando a bancada gaúcha no Congresso Nacional escolheu 11 de 150 propostas para destinação de um total de R$ 528 milhões, por meio de emendas à Lei Orçamentária Anual (LOA). Na ocasião, a Transcitrus foi eleita como um dos projetos prioritários.

A origem dos recursos será o Ministério da Integração. No período de dois anos, este é o segundo aporte consecutivo garantido pelos parlamentares gaúchos – de 2023 a 2024, a bancada já havia destinado R$ 6,4 milhões.

Trechos críticos

Em Brochier, a rodovia tem dois trechos em condições críticas, que consistem na parte mais antiga do projeto ainda não pavimentada. O primeiro vai do limite entre os dois municípios até Novo Paris (1,7km). O segundo liga essa localidade à Linha Pinheiro Machado (2,2km).

Por se tratar de uma área de morros, de relevo bastante acidentado, as obras no território brochiense são de alta complexidade. Por esse motivo, inclusive, acabaram sendo postergadas em relação aos outros investimentos. Enquanto as demais cidades já avançam para a segunda etapa do projeto, Brochier precisa tirar do papel um plano atrasado em mais de duas décadas.

Retrospecto

A ideia de pavimentar estradas vicinais para conectar localidades do interior de alta produtividade agrícola, especialmente na fruticultura, surgiu nos anos 2000. Na época, os líderes perceberam o potencial econômico e turístico de asfaltar uma rodovia sobre os trechos de chão batido, facilitando a logística e escoamento da produção entre os Vales do Caí e do Taquari.

Outra vantagem buscada é o “encurtamento” da distância para a capital gaúcha. Vale lembrar que, antes da construção da BR-386, era pelas vias que hoje formam a Transcitrus o principal percurso dos Vales a Porto Alegre.

Duas etapas

Primeiramente, os municípios envolvidos foram Poço das Antas, Brochier, Maratá, Pareci Novo e São José do Sul. Os primeiros recursos chegaram em 2005, com origem no Ministério do Turismo.

A rodovia tem como eixo principal um percurso de mais de 36 quilômetros, interligando a ERS-419 (Poço das Antas) até a ERS-124 (Pareci Novo). Em São José do Sul, se vale do traçado da BR-470.

Com o passar dos anos, outras cidades aderiram ao projeto: Paverama, Salvador do Sul, Harmonia e Montenegro. Estas integram a segunda etapa, com rotas secundárias como “braços” do eixo principal, que somam cerca de 30 quilômetros. Desses, a maior parte ainda precisa ser executada.

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