Depoimentos do povo

"Em primeiro lugar, o que marcou foi o abalo emocional, caracterizado pelo medo, a angústia, o desespero e a impotência diante do fato, as incertezas do que estava por vir. Em segundo lugar, foi quando se pode transformar essa agonia em ações de ajuda, em arrecadação de roupas, agasalhos, cobertores, comida e produtos de limpeza. Marcante foi, sem dúvida, a solidariedade das pessoas que vinham de longe, até de outros estados, para tentar amenizar o trauma que se perpetuou nos desabrigados. "
Edit Nair Brune Pott - Teutônia

"O que mais me marcou foi a proporção que a água atingiu, lugares que nunca imaginamos que poderia alcançar, afetando residências e comércios. Com isso, pudemos ver o tamanho da solidariedade com o próximo. As pessoas procuravam ajudar quem precisava mesmo quando elas mesmas estavam passando por dificuldades. Teve muita empatia e solidariedade que veio de todo Brasil e até de fora do país. Hoje, podemos ver que saímos mais fortes e com uma lição muito bonita: devemos sempre nos colocar no lugar do próximo para ajudar e fazer a diferença na vida de cada um."
Elias Wietholter - Teutônia

"Para mim, a enchente de 2024 foi um momento de muitos ensinamentos. O primeiro deles foi o da paciência. Me vi sem saber o que fazer para ajudar quando tudo que víamos era água. Mas o mais importante foi o ensinamento de que todos temos alguma função ao ajudar. Como fiquei muito abalada com as situações e sem ter como me deslocar até as casas atingidas, auxiliei organizando roupas e mantimentos. Um jeito simples de contribuir que me fez muito mais empática, podendo conhecer as histórias de muitos, que também estavam ali por um único objetivo: ajudar como podiam."
Isabel Miguel - Teutônia

"Creio que foi a forma como tivemos que nos adaptar nos dias de inundação e o pós. Durante a enchente, por exemplo, tive que andar 12 quilômetros para conseguir sinal de internet e local para recarregar o celular. Tanto a caminhada quanto ficar sem internet não estão na minha lista de "coisas recorrentes” que acontecem, mas tive que me adaptar. Com isso, pude refletir que teve gente em situações bem piores como a falta de energia, água e internet. Pessoas que perderam móveis, casas e entes queridos. Após, vimos que as pessoas e as empresas se uniram ainda mais. Não foi fácil e arrisco dizer que marcas ainda podem ser vistas, mesmo depois de um ano. No entanto, com a força e a coragem da comunidade regional, estamos todos os dias conseguindo diminuir os desafios que chegaram com a enchente."