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Logística

Ponte entre Estrela e Cruzeiro do Sul é prioritária para a mobilidade do RS, defende CIC-VT

Lideranças entendem que opção deve ser considerada caso não haja recursos para erguer duas travessias. Além disso, teria impacto ambiental menor

Por: Assessoria de Imprensa

25/08/2025 | 15:58 Atualização: 25/08/2025 | 15:59
Lideranças se reuniram na Câmara de Cruzeiro do Sul na sexta-feira, 22. Foto: Divulgação
Lideranças se reuniram na Câmara de Cruzeiro do Sul na sexta-feira, 22. Foto: Divulgação

A Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) assumiu como bandeira prioritária a defesa da construção de uma nova ponte sobre o Rio Taquari, entre Estrela e Cruzeiro do Sul, caso existam verbas para apenas uma nova travessia.  O tema foi debatido em duas audiências públicas na última semana, nas Câmaras de Vereadores de Lajeado e Cruzeiro do Sul. No segundo encontro, houve  grande apoio comunitário, entre empresários, lideranças políticas e entidades, ao projeto.

Em nota, a CIC-VT afirmou que a obra “é essencial não apenas para solucionar gargalos históricos de mobilidade no Vale do Taquari, mas também para atender a demandas estratégicas de circulação em todo o Rio Grande do Sul”. Segundo o diretor, Nilto Scapin, o projeto já foi pedido ao Governo do Estado. Ele destacou que a estrutura será possível com recursos do Funrigs e ficará dois metros acima da cota histórica das cheias, o que, em tese, garante mais segurança mesmo  diante de eventos climáticos extremos.

“Numa nova catástrofe, não podemos ficar ilhados. Precisamos de uma ponte que permita a passagem de automóveis, caminhões de carga e veículos de saúde. Esta é uma solução para salvar vidas e manter a economia em movimento. Temos que possibilitar o ir e vir da população”, afirma Scapin.

Adesão

A mobilização tem recebido apoio de diferentes setores. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) Joni Zagonell, reforça que a entidade é parceira do movimento. “A articulação que precisamos fazer é como comunidade, para construir algo em comum. É no movimento associativo que encontramos forças para unir esforços”, acrescenta.  O empresário Luís Carlos Haenssgen entende que o projeto “é de suma importância para o Vale do Taquari e o impacto ambiental será menor do que outras possibilidades levantadas”, destaca.

O impacto da ponte também foi ressaltado por lideranças da saúde. Para o diretor do hospital de Cruzeiro do Sul, Ramon Zuchetti, a obra será transformadora para o município. “Este é um movimento fundamental para a cidade e para a região. Cruzeiro do Sul é um hoje e será outro totalmente depois da ponte. Ela será decisiva para o nosso futuro.”

A empresária Alessandra Hendler destaca que a discussão vai além das cidades diretamente ligadas pela travessia. “O debate não é entre Cruzeiro do Sul e Estrela e sim pelo Vale do Taquari. Precisamos de uma ponte que não fique alagada nas enchentes e que realmente atenda à população.”

O presidente da Câmara de Vereadores de Cruzeiro do Sul, Júlio Scheeren, reforça que esta é a alternativa mais viável para garantir a mobilidade do Vale, enquanto o prefeito Cesar Leandro Marmitt lembra os riscos de isolamento. “Os Vales do Taquari e Rio Pardo não podem correr o risco de ficar sem acessos seguros. A nova ponte é fundamental para evitar o isolamento em situações de crise climática”, alertou.

O presidente da CIC-VT, Ângelo Fontana, ressalta que a entidade não é contra a construção de mais pontes na região, mas defende que este projeto é o que apresenta maior viabilidade técnica e estratégica, devendo ser priorizado caso haja verbas para apenas uma nova ponte.

Ponte Cruzeiro do Sul – Estrela

•             Localização: ERS-130 (Cruzeiro do Sul) até a TransSanta Rita (Estrela)

•             Investimento estimado: R$ 280 milhões

•             Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica em andamento pelo Governo do Estado

•             Recursos: previstos via Funrigs

•             Resiliência: ponte dois metros acima da cota de enchentes históricas

•             Impacto: integração logística entre BR-386, RSC-453, ERSs 129 e 130; alternativa em caso de bloqueio das atuais pontes (Muçum, Roca Sales, Lajeado, Estrela e Mariante); fortalecimento do escoamento da produção; abertura de novos polos de desenvolvimento no Vale do Taquari.

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