Região evidencia força das agroindústrias na Expointer

Os olhos do Rio Grande estarão voltados, a partir deste sábado, 30, para a 48ª Expointer. Maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, o evento ocorre até o feriado da Independência no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Entre os destaques, a presença de 456 agroindústrias. Destas, 41 são do Vale do Taquari, sete situadas na microrregião.

De Teutônia, a Queijos Dorf irá para sua quarta participação em quase cinco anos de atividades. Conforme o sócio-proprietário, Jackson Simon Jacobs, a empresa trabalha com 14 tipos do produto, sendo que foram lançados dois autorais no início do ano: o Defumado e o Kaffee Käse, esse maturado no café. Há ainda a versão maturada no chopp, o Bier Käse, além de tradicionais como Colonial, Temperado, Coalho e Parmesão. Tudo é feito na propriedade da família.

Para a Expointer, a grande novidade ficará por conta do queijo Brie, que será apresentado em primeira mão. Portanto, ainda não está disponível.“ É algo bem diferente do que trabalhamos”, destaca Jackson. O anúncio ocorreu nas redes sociais. Contudo, o layout do produto ainda é mantido em segredo.

A expectativa é a melhor possível, especialmente pelos resultados obtidos na edição do ano passado e em outras feiras. A produção está a todo o vapor nos dias que antecedem a feira. Afinal, as vendas disparam, tanto em volume quanto nos valores comercializados. Além disso, a participação abre caminho para ampliar as possibilidades de negócio. “Então, cada vez mais a marca se torna mais conhecida, conquista clientela e isso faz toda a diferença em um evento da proporção da Expointer”, conclui.

Queijo Colonial é um dos produtos que serão comercializados pela Dorf na feira | Foto: divulgação

Portfólio reforçado

Conduzida pelos irmãos Alex, Renata, Alan e Luana, a Cachaçaria Possamai, de Imigrante, marcará presença pelo segundo ano consecutivo. A produção é totalmente própria, desde a plantação da cana-de-açúcar até a destilação e o envase. Ter um estande é simbólico para a agroindústria.

“Começamos a fazer feiras apenas no ano passado e a Expointer foi a primeira. Nossas perspectivas já eram boas porque tínhamos um produto que as pessoas gostavam. No entanto, o portfólio era bem menor”, aponta Alex.

Com a experiência adquirida ao longo do ano em outros eventos como Fenadoce, Oktoberfest e na capital, bem como lançamentos constantes, a oferta aos visitantes será ampliada, de modo a contemplar diferentes paladares e atender aos pedidos. Desta forma, aprimorar os resultados, ao mesmo tempo em que fideliza o público.

Entre as novidades, uma cachaça dois anos envelhecida, comemorativa aos 150 anos da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul. O produto também presta uma homenagem aos antepassados da Família Possamai. Alex menciona que a variedade dos licores subiu de 2 para 7, nos sabores Butiá, Figo, Canela, Mel, Amburana, Jambu e Café. Itens colecionáveis também serão vendidos.

“Estar na Expointer agrega muito, porque a gente tem a nossa fábrica e trabalhamos com o turismo rural. Então, várias pessoas conhecem o nosso produto por meio das feiras e acabam vindo conhecer a nossa agroindústria, ver que somos nós mesmos que produzimos. Isso é bem legal porque também cria um vínculo ainda maior, gera recompra. É uma grande vitrine e amplia a visibilidade da marca”, complementa Alex.

A feira

Ao longo de nove dias, serão mais de 400 eventos, como exposição, julgamentos e leilões de animais, Desfile dos Campeões, programação cultural com shows e apresentações de dança, Feira da Agricultura Familiar, Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs), palestras técnicas, Classificatória Aberta do Freio de Ouro e entrega de troféus. Ingressos podem ser adquiridos no site https://ingressonacional.com.br/expointer2025 ou no local.

Neste ano, a feira terá 6.696 animais, um recorde histórico. Em relação aos visitantes, a edição de 2024 registrou a presença de 662 mil espectadores, uma queda na comparação com 2023 (822,3 mil), mas um número considerado positivo principalmente pelo cenário pós-enchentes.