A Escola de Humanidades da PUC-RS será sede do seminário “Duale Ausbildung e a Nova Economia – conceito, casos e oportunidades e as relações Rio Grande do Sul-Alemanha”. O evento será no próximo dia 8 de abril, das 8h20 às 11h, no auditório do prédio 9 da universidade, que fica na Avenida Ipiranga, Nº 6681, no Bairro Partenon, em Porto Alegre.
Um dos painelistas do seminário será o especialista em Educação, ex-diretor da Escola Humboldt, de São Paulo, e do Instituto de Educação Ivoti, o teutoniense Everton Augustin. Ao lado do atual diretor de Educação Dual da Humboldt, Jan Detmering, ele será responsável pelo Painel 1 do evento, que apresentará o modelo alemão de formação profissional dual.
O seminário destacará o modelo e seu papel no desenvolvimento econômico, científico e social, com perspectivas de cooperação técnica internacional. O evento, organizado em três painéis, é um desdobramento direto das centenas de encontros e atividades realizadas por ocasião do Bicentenário da Imigração Alemã, ao longo de 2024.
Augustin, que integrou a comissão do Bicentenário, reforça que comitivas dos estados alemães de Hessen e Rheinland-Pfalz visitaram o Rio Grande do Sul e a intenção é efetivar essa aproximação. “Entendeu-se que deveríamos dar um passo importante para que, de fato, isso não fique apenas no discurso, mas se torne uma prática. Vislumbramos, no modelo dual de formação profissional, um modo muito interessante de mobilizar as indústrias, os serviços e as diversas frentes de trabalho onde esta prática de formação cai muito bem”.
O gestor destaca ainda que há escolas públicas e privadas na região com o ensino de alemão. “Há famílias que cultivam o idioma. Teutônia tem uma lei municipal que torna o idioma patrimônio cultural do município. Essa pode ser uma oportunidade para muitos jovens interessados e dedicados”, completa Augustin.
Saiba mais
No “Duale Ausbildung”, os alunos aprendem a teoria na escola profissionalizante e a prática na empresa, por quem são contratados e pagos. Além de preparar profissionais qualificados para o mercado de trabalho, o modelo combate o desemprego juvenil, a falta de pessoal e aumenta a cota de contratação posterior.
As vantagens para as empresas são: redução de custos de recrutamento; diminuição da rotatividade de funcionários; fortalecimento como marca formadora e empregadora; e contar com estudantes com formação sólida.
Também é uma ótima oportunidade para estrangeiros, pois, a empresa na qual a pessoa de fora treinou, geralmente, oferece emprego. Outra vantagem é que o estrangeiro, caso não permaneça na primeira empresa onde desenvolveu suas habilidades, pode ficar no país por mais 18 meses buscando outra vaga de trabalho.
