O final de ano chega como um sopro suave, trazendo consigo o perfume das memórias e o brilho das promessas. Nossas ruas já estão iluminadas, os corações se aquecem, e cada instante parece carregar a melodia de um tempo que se despede. É como se o calendário fosse um livro que se fecha, mas cuja última página anuncia um novo capítulo, ainda em branco, pronto para ser escrito. Em nossa fé e esperança, esse tempo não é apenas despedida, como se nada mudasse: é revelação.
A celebração de Natal, que já se aproxima, nos recorda que a eternidade se fez criança, que a esperança se vestiu de carne e habitou entre nós. O Menino de Belém é a prova de que a luz não se apaga, mesmo quando a noite parece longa. Ele é o sinal de que o futuro não é vazio, mas pleno de promessas divinas.
Para nós, isso deve ser motivo de alegria e espera. Passamos pelo Setembro Amarelo, o Outubro Rosa e o Novembro Azul, meses em que somos chamados ao cuidado e à prevenção. Agora, é mês de dezembro, mês de confiança. É hora de deixar para trás o peso das culpas, de abrir espaço para o perdão, de acreditar que o amanhã pode florescer em cores novas. A esperança cristã não é ilusão: é certeza de que Deus renova todas as coisas, e que em Cristo o tempo se transforma em eternidade.
Que este final de ano seja poesia viva em nossos passos. Que cada gesto de amor seja verso, cada oração seja canto, e cada encontro seja anúncio de que o novo tempo já começa a nascer. Porque, na fé, o fim nunca é fim: é sempre começo.