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ESPECIAL

Teutônia e o cooperativismo: um modelo de desenvolvimento comunitário

Certel, Languiru e Sicredi exemplificam como a união dos moradores moldou a história econômica e social do município e região. Associado às três, Silvo Landmeier enfatiza o papel transformador das instituições

05/07/2025 | 08:00
Antigas sedes administrativas da Certel e da Crediouro (hoje Sicredi Ouro Branco) e Supermercado Languiru. Fotos: Cooperativas/Divulgação
Antigas sedes administrativas da Certel e da Crediouro (hoje Sicredi Ouro Branco) e Supermercado Languiru. Fotos: Cooperativas/Divulgação

Celebrado no primeiro sábado de julho, o  Dia Internacional do Cooperativismo exalta o papel transformador deste modelo socioeconômico nas comunidades. A data é promovida desde 1923 pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), e, na década de 1990, passou a ter a parceria da Organização das Nações Unidas (ONU). Neste ano, o tema é “Cooperativas: impulsionando soluções inclusivas e sustentáveis para um mundo melhor”.

Berço de três cooperativas que se tornaram verdadeiros motores para o desenvolvimento regional e posteriormente outras, Teutônia se tornou uma referência nesse modelo socioeconômico, tanto na geração de empregos quanto na promoção de ações sociais, educacionais e ambientais.  Em destaque, a Languiru, Certel e Sicredi Ouro Branco (originalmente Crediouro).  Associado às três,  Silvo Landmeier,83, é uma das maiores referências no tema e testemunhou os crescimentos.

Aliado do crescimento 

“Sempre acreditei que o Cooperativismo seria a melhor maneira, a solução para o pequeno produtor conseguir os seus objetivos.  Uma cooperativa deve ser sempre a principal aliada do seu associado”, afirma Silvo.  Presidente do Sicredi por 16 anos  e atualmente vice,  ele está vinculado desde 11 de  maio de 1982. Ele conta que os bancos pararam de financiar os pequenos produtores nos anos 1970, o que obrigou as cooperativas de produção a criarem as de crédito rural.  Mais  de 30 foram fundadas na década de 1980 no Rio Grande do Sul.

Silvo destaca que um dos aspectos fundamentais para o crescimento de Teutônia e arredores foi a intercooperação entre as três principais cooperativas. Ao longo dos anos, as instituições firmaram amplas parcerias, inclusive nos momentos mais desafiadores.  Ele enfatiza que o apoio e a proteção de cada uma, nos seus respectivos setores, foi fundamental para a tranquilidade e desempenho de um trabalho qualificado, o que vale também para outros produtores.

Fatores importantes

O produtor enfatiza que a força de trabalho e a decisão coletiva dos produtores em se associarem às cooperativas foi determinante para a microrregião se desenvolver. Houve um impulso multissetorial. “Quando o nosso interior vai bem, na sua criação, nas lavouras, as cidades igualmente irão usufruir deste bom momento”, destaca Silvo. Portanto, todos se beneficiam.

Em relação aos princípios fundamentais para uma cooperativa se manter firme e forte, Silvo destaca a permanente transparência, a inovação em produtos e serviços que atendam, de forma efetiva, às necessidades dos associados, bem como a proximidade. Quem faz parte precisa se sentir envolvido, ter voz, representado.

Ano do Cooperativismo 

Assim como em 2012, a ONU definiu que o 2025 é o Ano do Cooperativismo, “em reconhecimento ao papel transformador das cooperativas na construção de um mundo mais justo e sustentável”. Entre os principais objetivos, estão a divulgação de atividades que ampliem a conscientização sobre o modelo, o fortalecimento de políticas públicas e regulatórias favoráveis às instituições, promovam a troca de conhecimento e envolvam os mais jovens para formação de futuras lideranças.

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