Pentecostes é celebrado 50 dias após a Páscoa. O nome vem do grego pentēkostē, que significa “quinquagésimo”, e marca o dia em que o Espírito Santo foi derramado sobre os apóstolos e Maria no Cenáculo (At 2,1-4), inaugurando a missão da Igreja no mundo. Antes de sua Ascensão, Jesus havia prometido esse dom aos discípulos: “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará um outro Paráclito” (Jo 14,16). Essa promessa se cumpre em Pentecostes, quando nasce, visivelmente, a Igreja.
A origem da festa remonta ao judaísmo, onde Pentecostes celebrava a colheita e a entrega da Lei no Sinai. No cristianismo, adquire novo sentido: é a entrega da nova Lei, gravada no coração pela ação do Espírito. O medo dá lugar à coragem; o silêncio, ao anúncio; a dúvida, à fé viva.
Hoje, o Espírito Santo continua a agir na vida da Igreja e de cada fiel. Ele consola, guia, fortalece e transforma. Seus frutos — amor, paz, paciência, bondade, fidelidade (Gl 5,22) — são sinais da sua presença. Na liturgia, celebramos essa presença com o hino “Vinde, Espírito Santo”, a sequência de Pentecostes, uma profunda súplica por luz, consolo e renovação interior.
Neste domingo, as comunidades são chamadas a celebrar Pentecostes com entusiasmo e esperança. Que essa festa seja vivida com fé, acolhendo o Espírito que renova todas as coisas. Que Ele reacenda em todos o desejo de um mundo mais fraterno, justo e cheio da presença de Deus. Vinde, Espírito Santo, e renovai a face da terra.
Como preparação para essa solenidade, cada fiel é convidado a ler com atenção a passagem de Atos dos Apóstolos 2,1-11. Que essa Palavra inspire corações e fortaleça a fé no Espírito que continua a mover a Igreja.
